A epicondilite medial ou cotovelo do golfista é uma espécie de alteração cicatricial dos tendões que se inserem em uma saliência óssea da parte interna do cotovelo. Embora a alteração ocorra nos tendões, o principal sintoma é a dor a palpação da saliência óssea chamada de epicôndilo medial. O stress repetitivo na junção entre o tendão e o osso provoca inicialmente a um processo inflamatório (peritendinite). Com o passar do tempo, ocorre a substituição do tendão normal por uma espécie de cicatriz no tecido, que não tem a mesma elasticidade que as fibras originais (tendinose).
A epicondilite medial acomete menos de 1% da população, ocorre em ambos os sexos em proporção semelhante e é mais comum entre 30 e 60 anos.
A patologia está associada a práticas esportivas como golfe, crossfit, musculação, boliche e atividades que envolvam vibração dos membros superiores (ex: motociclismo). O maior stress ocorre no momento da preparação ou na fase final de um arremesso ou tacada. Nesses momentos, as fibras dos tendões sofrem tração no local de junção do osso, seja por estiramento ou contração muscular.
O tratamento inicial é através de medicamentos (anti-inflamatórios, corticóide) e fisioterapia. A fisioterapia deve avaliar o gesto esportivo como um todo e incluir um trabalho de ganho de amplitude de movimento do ombro e estabilização da escápula, pois a alterações da cinemática de outras articulações podem acabar por sobrecarrregar secundariamente o cotovelo. O fortalecimento da musculatura flexora do antebraço deve ocorrer inicialmente através de contração concêntrica (encurtando as fibras). O ganho de força com carga excêntrica só deve ser iniciado na fase final, para não acrescentar maior sobrecarga dos tecidos. Outras modalidades de tratamento são terapia por ondas de choque e infiltração.
Nos casos em que há falha do tratamento conservador, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.